sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Voa

Voa sobre o vento que se faz sentir. Voa sobre a brisa que me acolhe enquanto caminho.
Vem segredar-me os nossos momentos.

Vem! numa brisa segredada.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

E assim ficamos.

É tão complicado. O vento tão depressa sopra na nossa direcção como nos empurra em sentidos contrários.

É tão complicado. A chuva tão depressa nos leva pelo caminho certo como nos molha e deslizamos em caminhos opostos.

É tão complicado. O calor tão depressa nos aquece juntos como nos queima e saltamos cada um para seu lado.

Queria tanto conseguir. Queria ser forte o suficiente para te fazer sentir a minha verdade, mas não sou. E assim ficamos.

É tão complicado...

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Voando alto

Voei. Voei tão alto que subi ao céu. Quis confirmar que estavas bem, que o teu mundo agora te protege. Quis saber que o lugar onde estás te deixa ser livre para voar. Que esse lugar especial te deixa ser feliz. Mas tu só querias que eu voltasse, pois o meu lugar ainda não era ali. Sabias que eu tinha muito a fazer antes de ir ter contigo, e que olharias por mim o tempo que demoraria a chegar até ao teu mundo. Sinto saudade do que não fizemos, do que não consiguimos fazer, do que fomos impedidos de conhecer um do outro.
ACREDITO que um dia voaremos juntos.

domingo, 2 de novembro de 2008

Escuta.
(…)
Escutas-te?
Sentiste como é belo? É por isso que gosto de ficar aqui a escutar os nossos segredos que voam. Os segredos que me contas baixinho. Aqueles que só nós conseguimos sentir. É puro, é sentido. É nosso.
(…)
Escutas-te de novo?
Sentiste como é belo?

sábado, 1 de novembro de 2008

Vento que sopra

É o vento que nos sopra ao ouvido o caminho que seguimos, aquele que queremos ouvir, e não aquele que querem que ouçamos. No vento sinto dificuldade em correr, nem sempre quero escutar o caminho mais fácil, que se supera com uma brisa de incentivo segredada. É um caminho difícil, mas que dá gozo percorrer, pois virá alguém atrás que nos persegue. E outro. E mais outro. Cada um lutando pelo que quer conquistar, cada um construindo pouco a pouco o seu mundo com pequenos pedaços de vento. Mas, por vezes, o vento é traiçoeiro, e a pirâmide da vida cai. Uma vez. E mais outra. E desanimo. E penso que não sou capaz. E de novo é-me segredada uma brisa de incentivo que me diz para me levantar. Para escutar o vento uma vez mais. E sigo, calmamente, atrás do caminho que ele me segreda.