terça-feira, 15 de junho de 2010

Love it!

Deolinda - Clandestino

"A noite vinha fria
Negras sombras a rondavam
Era meia-noite
E o meu amor tardava

A nossa casa, a nossa vida
Foi de novo revirada
À meia-noite
O meu amor não estava

Ai, eu não sei aonde ele está
Se à nossa casa voltará
Foi esse o nosso compromisso

E acaso nos tocar o azar
O combinado é não esperar
Que o nosso amor é clandestino

Com o bebé, escondida,
Quis lá eu saber, esperei
Era meia-noite
E o meu amor tardava

E arranhada pelas silvas
Sei lá eu o que desejei:
Não voltar nunca...
Amantes, outra casa...

E quando ele por fim chegou
Trazia as flores que apanhou
E um brinquedo pró menino

E quando a guarda apontou
Fui eu quem o abraçou
Que o nosso amor é clandestino"

2 comentários:

Rebelde disse...

Antes de mais deixa-me agradecer-te pela tua fidelidade, e pelo elogio que tanto que me agrada ao meu texo. Muito Obrigado. :)

Eu sei disso tão bem, acredita que tenho a plena noção, que não sou eu que tenho que pedir desculpas. Mas existem fases tais de desespero latente, em que culpamos tudo, até nós, que afinal, não somos mais do que meras vítimas de acções de pessoas que não nos querem bem definitivamente. Se fiz, acredita, se fiz tantos possíveis e ainda mais impossíveis, muito impossíveis mesmo para que o amor que supostamente nos unia, pelo vistos não era mútuo, e apenas era vivido só por um lado. Lutei como nunca. E com todas as armas que tive, e não tive por esse amor. Fiz coisas imagináveis, que agora me deixam não mais que um vazio, foi a minha recompensa. E é isso que doí tanto, sermos enganados dessa forma, dessa maneira. Quando brincam com os nossos sentimos doí bastante cá fundo. Acredita que sempre e mesmo à distância, fiz sempre tudo para estar lá, aí. Nessa Cidade, que agora só quero esquecer. Quilómetros de sofrimento. Obrigado pela força, acredita que é muito importante, é combustível para o motor que um dia, não sei bem quando me fará erguer. Sim definitivamente, não vale a pena dizer essas quantas coisas, que apesar de merecerem e bem ouvir, é bem melhor não o fazer. Mas custa tanto, e dó mais que tudo, mas tudo faço para que essa dor vá diminuíndo. Tenho que te agradecer pelos conselhos e pela força, mais uma vez. Obrigado pela tua presença constante e força no meu blogue. É bom que os sentimentos que escrevo em forma de palavras, sejam lidos por pessoas que as valorizam. :)

Ai, esta música, esta música. E assim qualquer coisa de muito bom! Que tantas recordações me trás. É muito triste, mas ao mesmo tempo, linda e perfeita. Com uma mensagem bastante forte e incisiva, um sentimento agridoce. Adoro-a das minha favorita dos Deolinda. Ouvia-me vezes sem conta, e em modo repetido no iPod, foi companheira de viagens também. Parabéns pelo bom gosto. :)

Beijinho *

Philipa C. disse...

Não precisas de agradecer, eu tenho acompanhado os teus textos porque de facto me identifico imenso com o que escreves..! E claro, gosto sempre de ler textos bem escritos e cheios de sentimentos :)

Quanto a Deolinda, adoro, como dizes "É muito triste, mas ao mesmo tempo, linda e perfeita. Com uma mensagem bastante forte e incisiva, um sentimento agridoce." e está tudo dito :)

Beijinho *